sábado, 27 de setembro de 2014

O BANCO É QUE ESTÁ DOENTE – o filme






Foi lançado pelo SindBancários um filme que recomendo.

Está no youtube:


Busca escancarar a realidade da violência organizacional nos bancos.

Só conhecendo o real e suas consequências para os humanos é que podemos mudar o que nos oprime.

Em um dos depoimentos a colega Jamile fala de sua descoberta que, depois de muito sofrimento, parecia que não vivia na sua casa:

Sentei no sofá e olhei para a janela que dava para um morro e vi uma antena. Pera aí, dá para ver uma antena daqui, nunca tinha visto, fui me dar conta que não vivia na minha casa”.

E relata que fez tratamento para “me soltar dessas amarras que eu mesmo me amarrei”.

Assistindo novamente ao filme, lembrei do relato de uma colega bancária demitida em 2013 e reintegrada recentemente.

Ela falou que quando recebeu a demissão doeu muito. Mas com o passar dos dias se sentiu liberta.

AQUILO LÁ É UMA CADEIA. E A GENTE SÓ PERCEBE QUANDO SAI!”

Pois bem, Rousseau já dizia: “Os homens nascem livres e por toda parte vivem acorrentados!”

Eis a realidade, mas...

...“somos forçados a viver como se fôssemos livres!” (John Gray)

Na rotina imposta não vemos a realidade em sua plenitude.

A mídia, os métodos de gestão, a sociedade, nos impõem mentiras que aceitamos passivamente porque, talvez, seja a forma que permite sustentar a verdade insuportável.

A libertação vem quando aflora a verdadeira consciência. Quando “cai a ficha”.

Como é difícil chegar a esse momento.

É a superação individual e, somente plena, se coletiva.

“O trânsito rumo à liberdade é uma viagem do eu ao nós”. (Carlos Tablada)

A colega de quem falei acima, que se sentia numa cadeia, teve alta do INSS a pouco tempo. Está tranquila com o retorno ao banco, e afirmou com firmeza:

"É BOM ESTAR LIBERTA! MAS EU QUERO VOLTAR. QUERO MOSTRAR PARA O BANCO QUE ELES NÃO PODEM TUDO!"

E a Jamile relata no filme que certo dia se deu conta que estava caminhando de dia, algo que não fazia; e viu que tinha sol, coisa que não se dava conta pela rotina imposta.

E a luta vai vencendo o medo, pois a

“esperança ao contrário do medo, não pode ser nunca uma emoção passiva, exige movimento, gente em ação”. (Tarik Ali).

O filme que indico busca fazer este debate.

Vale a pena assistir!

Pois estamos caminhando.

O sol está no horizonte!

https://www.youtube.com/watch?v=WX1FrQNLEFE&list=UUIlBmzCgrGV9911H-5cIyKA

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