Foi lançado pelo
SindBancários um filme que recomendo.
Está no youtube:
Busca escancarar a
realidade da violência organizacional nos bancos.
Só conhecendo o real e
suas consequências para os humanos é que podemos mudar o que nos
oprime.
Em um dos depoimentos a
colega Jamile fala de sua descoberta que, depois de muito sofrimento, parecia que não vivia
na sua casa:
“Sentei no sofá e
olhei para a janela que dava para um morro e vi uma antena. Pera aí,
dá para ver uma antena daqui, nunca tinha visto, fui me dar conta
que não vivia na minha casa”.
E relata que fez
tratamento para “me soltar dessas amarras que eu mesmo me
amarrei”.
Assistindo novamente ao
filme, lembrei do relato de uma colega bancária demitida em 2013 e
reintegrada recentemente.
Ela falou que quando
recebeu a demissão doeu muito. Mas com o passar dos dias se sentiu
liberta.
“AQUILO LÁ É UMA
CADEIA. E A GENTE SÓ PERCEBE QUANDO SAI!”
Pois bem, Rousseau já
dizia: “Os homens nascem livres e por toda parte vivem
acorrentados!”
Eis a realidade, mas...
...“somos forçados a
viver como se fôssemos livres!” (John Gray)
Na rotina imposta não
vemos a realidade em sua plenitude.
A mídia, os métodos
de gestão, a sociedade, nos impõem mentiras que aceitamos
passivamente porque, talvez, seja a forma que permite sustentar a
verdade insuportável.
A libertação vem
quando aflora a verdadeira consciência. Quando “cai a ficha”.
Como é difícil chegar
a esse momento.
É a superação
individual e, somente plena, se coletiva.
“O trânsito rumo à
liberdade é uma viagem do eu ao nós”. (Carlos Tablada)
A colega de quem falei
acima, que se sentia numa cadeia, teve alta do INSS a pouco tempo.
Está tranquila com o retorno ao banco, e afirmou com firmeza:
"É BOM ESTAR LIBERTA!
MAS EU QUERO VOLTAR. QUERO MOSTRAR PARA O BANCO QUE ELES NÃO PODEM
TUDO!"
E a Jamile relata no
filme que certo dia se deu conta que estava caminhando de dia, algo
que não fazia; e viu que tinha sol, coisa que não se dava conta pela
rotina imposta.
E a luta vai vencendo o
medo, pois a
“esperança ao
contrário do medo, não pode ser nunca uma emoção passiva, exige
movimento, gente em ação”. (Tarik Ali).
O filme que indico
busca fazer este debate.
Vale a pena assistir!
Pois estamos
caminhando.
O sol está no
horizonte!
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