Cultura em processo (parte 2)
Nossos nós
Muitas vezes, num primeiro olhar, ou mesmo nas intensões do fazer, as ações são desconectadas, não foram pensadas para andarem juntas.
Como pessoas caminhando pelas ruas, aparentemente não tendo nada em comum, encontram-se na praça do bairro, para um comício ou uma atividade cultural.
Vindo de muitos lugares, o encontro permite compartilhar, aproximar, dar coerência, caminhar juntas.
As abóboras se acomodam no andar da carroça, mas também sabemos que é preciso planejar, pensar, mas não com a vertical imposição do já pronto.
Nosso projeto não é um caminhar solitário, é um andar de pessoas que buscam identidades, que querem expressar-se, ser protagonistas, atores e não objetos.
Nossa busca é dar vazão a essa nossa necessidade de falar e escutar
num eco “que se transforma em muitas vozes, em uma rede de vozes que, diante da surdez do poder, opte por falar ela mesma sabendo-se uma e muitas, conhecendo-se igual em sua aspiração a escutar e a se fazer escutar, reconhecendo-se diferente nas tonalidades e níveis das vozes que a formam. Uma rede de vozes que nasce resistindo, reproduzindo sua resistência em outras vozes ainda mudas ou solitárias”.
Nossa rede cultural é amarrada por nós que permitem lançá-la ao mundo, contribuindo para o desenvolvimento de uma nova cultura, a cultura do bem comum. Denunciando e anunciando...
Eis os nossos nós:
nós buscamos preservar o patrimônio material e imaterial
nós proporcionamos a fruição cultural, a produção e acesso aos bens culturais
nós nos organizamos em auto-gestão, buscando democratizar o acesso aos bens culturais
nós buscamos novos talentos; divulgação da produção cultural;
nós lutamos pela democratização da comunicação
nós damos prioridade para difusão cultural, contra a concentração da informação
nós defendemos as tecnologias livre
nós participamos
nós celebramos o coletivo, repeitando o singular
nós somos solidários
Nenhum comentário:
Postar um comentário