quarta-feira, 18 de abril de 2012

SINDICATEANDO FEZ QUE FOI MAS VOLTOU!


Vou tentar retomar as reflexões, por escrito, sobre o sindicalismo no meu blog.

Escrever é um ato de coragem. Escrever periodicamente é um ato de persistência. Pelo menos para mim, é um ato sacrifício.

Mas creio ser obrigação “colocar na tela” algumas singelas reflexões sobre o mundo do trabalho.

Assim podemos gerar o necessário debate para avançar em nossa luta.

Especialmente, se faz necessário reafirmar a importância do sindicalismo na história e, especialmente, no presente.

Atualmente estamos no meio de uma grave crise do capitalismo e, como sempre, o capital busca saídas que significam sacrifícios da população.

Já vemos isso no grande número de demissões e retrocessos nos direitos em alguns setores chantageados pelo capital. Buscam socializar os efeitos da crise com todos.

No mundo globalizado todos sentimos os efeitos das crises e também podemos aproveitar a situação para soluções progressistas.

O desafio de nosso tempo é fazer de cada avanço uma trincheira da qual seja possível ocupar novas posições do inimigo, e quando na resistência acumular forças para a superação do modelo capitalista.

Momentos de crise são também momentos de possibilidades, recolocam o posicionamento das classes na sociedade.

As brechas que a crise possa proporcionar precisa ser aproveitada, aprofundando o debate com amplos setores populares construindo saídas do ponto de vista dos trabalhadores, construindo grandes mobilizações.

Isso não será possível sem a ampla unidade, sem hegemonismos e posturas corporativistas. Muito menos devemos esperar pelo Estado, pois a tendência é que esse seja utilizado pelo capital.
A crise abre possibilidades de debatermos com os trabalhadores, mostrando os limites do capitalismo e mostrar que estávamos corretos quando denunciávamos o neoliberalismo e suas conseqüências.
Deu no que deu! Estávamos com a razão! Portanto ampliou nossa legitimidade para denunciar o modelo centrado no mercado.
O desafio é não ficar só na denúncia, buscar políticas concretas que materializem a superação do modelo.

Portanto o debate ideológico tende a acentuar-se. A ideologia é reproduzida cotidianamente, escamoteia a realidade, cria “consensos” que desvirtua a realidade garantindo a manutenção da dominação em uma sociedade imersa no fatalismo.

O momento exige elaboração teórica mas também de ação política concreta. Não de forma acomodada, como se encontra a maioria do movimento sindical, reagindo ao fato consumado, quando reage.

Mas de forma ativa, com presença nos locais de trabalho; buscando estudar e compreender as mudanças e elaborando propostas alternativas; afirmando nossa opção por uma sociedade mais justa, socialista.

Um sindicalismo com perfil de classe definido, contra a ordem, não compactuando em negociações que gerem confusão nos trabalhadores e falsas ilusões, na lógica do “dar os anéis para não perder os dedos”. Precisamos serrar os punhos e ir à luta!

A superação das dificuldades só se darão com o seu enfrentamento corajoso, unificando os excluídos, rompendo com a visão de meras lutas parciais.

Está cada vez mais claro para todos a estreita ligação entre conquistas imediatas de salário com a necessária superação do modelo econômico.

Precisamos descobrir os elos mobilizadores e com decisão aguçar as contradições, nunca minimizá-las.


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