“A
história acontece primeiro como tragédia, depois se repete como
farsa”. (frase de Karl Marx na sua obra 'O 18 do Brumário de
Luís Bonaparte'.
Muitas vezes uma
tragédia serve para escancarar farsas montadas pelas elites.
O primeiro de maio tem
sua origem em uma tragédia.
O Massacre de trabalhadores em Chicago,
escancarando a estupidez do capitalismo americano. Greve Geral e
manifestações por melhores condições de trabalho gerou uma brutal
repressão policial ocasionando a morte de dezenas de trabalhadores e
cinco sindicalistas foram condenados à morte.
O neoliberalismo
implantado no Brasil nos anos Collor/FHC foi uma grande tragédia
para os trabalhadores brasileiros.
Privatizações, desemprego, perda
de direitos, soberania comprometida. Sofrimento, dispersão, falta de
perspectiva.
Nos tempos atuais esse
modelo busca voltar a se impor, como farsa, mais autoritários e
gananciosos.
Duas tragédias
tornam-se um divisor de águas, mostrando a farsa das gestões
neoliberais e do descaso das elites para com os interesses populares.
A PL 4330 se for implementada será uma grande tragédia.
Mas o debate que provocou conseguiu
mostrar, de forma muito clara, que é um
projeto extremamente favorável aos empresários e prejudicial aos
trabalhadores.
A sanha das elites não tem limites. Elegeu um
congresso serviçal que vai tentar enfileirar várias medidas danosas
ao povo trabalhador.
A trágica repressão aos
professores no Paraná, onde uma greve legítima é tratada de forma
selvagem, mostra o DNA autoritário da direita brasileira, onde o
PSDB tornou-se seu esteio.
O motivo do protesto do dia 29 - a
tentativa de evitar a utilização do Fundo de Previdência dos funcionário para
fazer caixa - mostra a visão de apropriação do Estado por estes
setores, onde o povo é coadjuvante.
Essas tragédias trazem
um novo fôlego para a luta social. Trás maior nitidez ao momento.
Mostra quem está, de fato, ao lado do povo e a serviço de quem está
a dita oposição.
Ao ficar cristalino que os deputados estavam pagando a fatura de quem financiou suas campanhas, mostra a necessidade de
uma substantiva Reforma Política, especialmente com o fim do
financiamento empresarial.
Enfim, deixa claro a farsa que é nossa classe dominante. Fica evidente ser um erro acreditar que a estupidez é inofensiva. Para desencadear a cólera dos imbecis basta pô-los em contradição.
Enfim, deixa claro a farsa que é nossa classe dominante. Fica evidente ser um erro acreditar que a estupidez é inofensiva. Para desencadear a cólera dos imbecis basta pô-los em contradição.
E, para desencadear a
resistência dos trabalhadores basta construir objetivos comuns e
apostar nas razões dos trabalhadores, menos nas razões
governamentais e congressuais.
Onde existe vontade
existe uma saída, mas antes de tudo tem que ter vontade. E é nas
ruas, nas mobilizações que vamos achando os caminhos, pois “as sociedades que explicitam seus conflitos e criticam seus falsos consensos sociais aprendem a melhorar também como 'sociedade' e não apenas como mercado”. (Jessé Souza)
Agora é continuar disputando a opinião pública com verdades convincentes, buscando envolver mais e mais os
trabalhadores e amplos setores populares e desconstituir as farsas que
as elites armam, centralizados pela grande imprensa.
Resistir, avançando.
Não baixar a guarda, muitos embates pela frente nos esperam.
Algumas tarefas mostram
que ainda teremos “muitas emoções” pois “viver é muito
perigoso!”
Cerco ao Congresso para
evitar tentativas de retrocessos (maioridade; SUS; 4330;..)
Luta pela Mudança na
Política Econômica Levyana. Impedir a implementação da MP 664,665.
Reforma Política com
fim financiamento empresarial. Devolve Gilmar!
Fim do Fator
Previdenciário.
Defesa do SUS
Regulação da mídia e
apostar em alternativas.
Mas também se apresenta a oportunidade de desmascarar as farsas construídas e de realizarmos mudanças progressistas, pois “a crise, a verdadeira crise, é continuar tudo como está” (Walter Benjamin)
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